A Black Friday ainda nem chegou e eu já me sinto completamente assoberbada, pressionada, aborrecida, (…). Sou só eu?
Importamos esta tradição americana e se no início até parecia atrativa, agora é uma valente seca. As marcas aproveitam este gancho comunicacional para promover descontos nos seus artigos, apelando ao consumismo desenfreado, criando uma espécie de FOMO que resulta nesta canseira promocional.
Mas já que estamos a falar de importar tradições americanas, vamos falar de uma que realmente valeria a pena importar: o Thanksgiving.
O Thanksgiving remonta ao século XVII, quando os colonos ingleses e os povos indígenas uniram-se para partilhar uma refeição em Plymouth, Massachusetts, celebrando a abundância das colheitas e a ajuda mútua. O que começou como um momento de agradecimento pelos frutos da terra, tornou-se, ao longo dos anos, um feriado oficial nos Estados Unidos, celebrado na última quinta-feira de novembro.
Este feriado (assim como a cultura americana em geral) chega-nos através de filmes e séries que encurtam a distância física e fazem-nos sentir próximos. Ou pelo menos, sabermos da existência deste dia.
Mais do que um simples jantar, o Thanksgiving é sobre reunir amigos e família para refletir sobre tudo aquilo pelo qual somos gratos – uma pausa necessária numa sociedade tão acelerada como a nossa. Mais do que as tradições à mesa que vemos nos filmes e séries, é um dia para dar e receber: além da refeição que junta amigos e família, há a tradição de servir refeições a quem mais precisa. (E se esta não é a tradição mais Glitter que já ouviram, não sabemos qual é.)
Mas porquê Importar o Thanksgiving para Portugal?
Se há coisa que nos une como seres humanos, é a vontade de parar e celebrar. E se importamos a Black Friday que nada mais é do que uma importação meramente comercial, porque não trazer esta oportunidade de promover a bondade, a gratidão e o tempo de qualidade com os nossos?
Não precisamos de um feriado oficial ou de um peru gigante para começar. Um jantar simples, com amigos ou família, em que partilhamos as coisas boas da vida já seria suficiente. E na verdade não precisamos de um dia no calendário para o fazer, mas, sejamos honestos, nas agendas preenchidas que todos temos, saberia bem este reminder. Um lembrete poderoso para celebrarmos o que temos e quem temos em que a to do list seria “só”: parar, agradecer e partilhar. E já seria tanto.
Não é e talvez nunca seja um feriado por cá, mas em 2024 temos tudo para criar as nossas próprias tradições. Nós demos o mote, alinham?
#TheGlitterDream