Meditar sem tabus.
Por alguma razão misteriosa, a prática da meditação ainda está envolta em misticismo e alguns tabus ou dogmas.
Apesar de nós, ocidentais, já termos feito algum caminho no sentido de democratizar esta prática tão benéfica, ainda nos falta um bom bocado até ao alto da montanha. Tudo bem, havemos de lá chegar, mas às vezes parece que meditar é demasiado exigente para os corpos ou intelectos dos comuns que não podem estar em flor de lótus durante cinco minutos sem se queixarem de dores nas pernas ou dormência nos dedos dos pés, ou ainda sem centenas de pensamentos intrusivos incapazes de manter a serenidade!
Seremos nós inadaptados para meditar? Não, não somos! Até porque temos a velhíssima prática da oração de joelhos, que também não é grande conforto para o corpo e, da reza dos terços que não permite pensar enquanto se está naquela ladainha de pais nossos e Avés Marias! Por isso, não tem de haver desculpas, meditar pode mesmo ser para todos, desde que isso ressoe connosco.
Existem no mundo várias formas de meditar e várias técnicas de meditação de acordo com as religiões, culturas e a própria evolução humana. No fundo, meditar é entrar em contato direto com o divino dentro de nós, e que também está em tudo e em todos. Esse divino, esse lugar sagrado dentro do nosso coração que sabe tudo o que precisamos saber, com uma precisão milhares de vezes maior que qualquer “Chatgpt”. Essa bússola que nunca falha, nem com apagões, porque a sua energia é limpa e livre, está acessível através de três qualidades fundamentais: harmonia, felicidade e amor.
Meditar é também estar presente, estar inteiro, aqui e agora, é estar sem inseguranças do passado nem incertezas do futuro. Meditar é Ser. É Ser feliz e conectado com o mais profundo de si, não importa o nome que lhe quer chamar.
É estar conectado com o Todo e com a Vida que flui perfeita em todas as partes.
Deixo algumas sugestões mais práticas e simples: Respirar conscientemente ao acordar e sentir o corpo a despertar; Sentar e sentir o palpitar do coração e agradecer por estar viva; Dedicar uns minutos a prática do silêncio, antes de chegar ao trabalho, ou antes de chegar a casa, para deixar o trabalho no trabalho e a casa em casa; Conduzir sem radio nem podcasts; Ir á natureza e aprender a exercitar um sentido de cada vez; Ter consciência plena e presença em tudo o que se faz.
Boas meditações!
Artigo escrito por Rute Pereira
Medicina Tradicional Chinesa | Medicina Natural
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