Se estás à procura de uma camisola única, um vestido com história ou aquele presente que parece ter sido comprado em Paris, mas foi mesmo em Cedofeita — este artigo é para ti.
Se gostas de design e queres estar um passo à frente, estilo mais moderno, sugiro a Labels of Tomorrow e The Feeting Room com peças inclusivas e sustentáveis.
Se procuras um vintage com cheiro a história, tens o Retro City Porto, Tricirculo, Com Sotaque e Maria Maria com peças únicas, achados que parecem ter saído de um editorial dos anos 90 e irreverentes.
Se gostas da estética “Portuguese girlie” para aquele look acabado de sair da praia, com padrões coloridos e que sentido, mas zero, mas tudo junto fica incrível, então Sisters Department, Ali Jo e Zumzum. Desde bordados, cortes clássicos e aquele twist moderno que resulta naquele top que toda a gente pergunta onde compraste.
Se para ti o lifestyle e o bom gosto não ficam só pela roupa, tens o Cassio Home Style Gift & Patch com velas, cerâmicas, livros de arte — tudo com curadoria impecável.
Se pretendes mesmo minimal vibes, estilo capsule wardrobe, onde a peça fala pela confecção e design e deixa os rótulos e padrões de fora tens uma variedade de marcas como Daily Day, A Line, Wayz, Marella e KAÔA. Com design limpo, bons materiais, produção local. Peças que duram mais que um verão (e que combinam com tudo).
Se a tua alma anda entre Bali e Matosinhos, a Lighthouse vai ser o teu templo. Esta loja mistura influências étnicas, espírito surfista e peças com texturas naturais.
Se procuras um espaço tipo “tesouros criativo” então CRU, Mercado 48, Coração Alecrim, PANAMA onde se mistura arte, moda e lifestyle com alma. Aqueles sítios onde apetece comprar e ficar para um café.
A apologia deve ser a seguinte, comprar menos, comprar melhor. Apoiar criadores locais. Vestir-se com intenção.
Numa era em que os armários estão cheios, mas os looks parecem sempre os mesmos, há uma certa rebeldia elegante em escolher o contrário: menos volume, mais valor. Cada peça torna-se uma declaração — não de status, mas de consciência. Não se trata apenas de moda, mas de memória, de afeto, de identidade.
Comprar melhor é resistir à pressa do algoritmo, é dizer não ao descartável e sim àquilo que dura, que tem história, que tem toque humano. É olhar para o interior de uma peça e saber que foi feita com tempo, por alguém que importa. É apoiar o talento que vive ao nosso lado — a costureira do bairro, o designer que estudou nas Belas Artes, o amigo que criou uma marca porque não se via representado em mais nenhuma.
Vestir com intenção é curar o armário como se fosse um altar: só fica o que faz sentido, o que nos veste por dentro. É criar um estilo que não segue tendências, mas reflete quem somos. E nesse processo, há poder. Há poesia. Há Porto.
No fim do dia, vestir é mais do que escolher roupa, é escolher quem somos, o que valorizamos e o mundo em que queremos viver. E se esse mundo tiver menos fast fashion e mais boutiques com alma, então estamos (muito) bem encaminhadas.
#TheGlitterDream