10 Formas de reconhecer um narcisista (ao perto e ao longe)

Primeiro, é preciso saber que de narcisistas está este mundo cheio! Começam a ser mais do que as mães e isso transforma as relações sociais numa corda bamba emocional, num vaivém espacial, num malabarismo constante de aparências fúteis, porém necessárias para a sobrevivência da espécie…

Todos temos uma ou outra característica narcísica, um ou outro traço de uma personalidade que se quer idolatrada, um ou outro momento de desvario na busca do amor do outro: porém, um Narciso daqueles bravos, com pouca ou nenhuma empatia por outras formas de vida, não são tão frequentes, porém são crescentes, o que me leva a escrever este artigo e partilhar convosco alguma da informação que tenho por via profissional, e, pior ainda! Por via pessoal: sim, eu, a empática por natureza, aquela que pensava que podia colocar um pouco de juízo e valor ético numa personagem cruel e indiferente ao sofrimento alheio! Tal aconteceu, porque eu não acreditava que tais seres existissem, mas a verdade é que há de tudo neste mundo, e infelizmente, o narcisismo é glorificado e desejado, inclusive no meio corporativo, económico e politico.

Adiante! De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa (que é de onde eu originalmente venho), um narcisista tem bloqueios na fluidez da energia do coração, do fígado, do baço e do rim (portanto, quase todos os órgãos principais estão implicados nestas alterações de comportamento e transtorno de personalidade), o que torna esta pessoa extremamente complexa (e, no fundo, complexada, mas que nunca jamais o vai admitir!).

Tenham em atenção que este artigo é meramente informativo, e não pretende, de forma alguma, avaliar psicologicamente alguém, isso terá de ser feito em sede própria (caso, o narcisista pretenda tratar-se, o que será um milagre de Nossa Senhora, dependendo, claro do grau de narcisismo e de autoconsciência, que como tudo, tem uma escala própria de análise).

10 formas de o topar (antes que ele nos tope a nós!)

1ª – Necessidade de ter sempre uma vítima para minimizar: Minimizar o outro faz com que se sinta maior e que a sua grandeza seja exacerbada;

2ª – Grandiosidade e sensação de superioridade: altamente competitivo, faz tudo melhor do que todos os outros, é geralmente, o rei da sua rua, a ultima bolacha do pacote, a ultima coca-cola no deserto;

3ª – Necessidade constante de admiração: pode-se envolver em monólogos de admiração de si mesmo, procura ter sempre por perto dois ou três “macacos voadores” que o admirem, validem e bajulem (estes são gente com pouca autoestima, que se deixam manipular de forma muito fácil e geralmente são alguém de família ou amigos de infância com personalidade dependente e que toleram muito bem relações tóxicas). São perigosos, porque são “o leva e trás” do narcisista e normalmente, contam-lhe tudo sobre a sua vitima;

4ª – Parcial ou total falta de empatia: quanto mais dor e sofrimento causa, melhor. Usa informação que a sua vitima lhe contou num momento de vulnerabilidade para a manipular e subjugar, caindo muitas vezes na chantagem e na humilhação. (Só não chantageia quando a vítima tem informações sensíveis sobre ele);

5ª – A imagem é tudo!!! E não estamos a falar apenas na roupinha que veste ou nos ténis que usa, mas sim na imagem moral e ética que passa para os outros (que não são a vítima, claro). É aquela pessoa que toda a gente vê como um sol, a brilhar numa manhã de nevoeiro, e nem a policia o leva preso…

6ª – Atira constantemente areia para os olhos das pessoas, especialmente da vítima, e sabe discutir como ninguém! A sua personalidade perturbada, cresce com a tristeza do outro, e procura então que este se sinta constantemente culpado e que se coloque em causa, ao relação ao que disse ou como o disse, confundindo a sua presa a tal ponto que a mesma já nem sabe de que terra é…

7ª – O narcisista tem de se sentir privilegiado e com direitos adquiridos sobre a sua vitima: “vais para a rua assim vestida?”, “tu pertences-me”, “não vales nada e nunca te vais safar na vida”;

8ª- Exploração e isolamento: constantemente isola a sua presa da família e dos amigos, explorando-a emocionalmente, fisicamente, financeiramente. Sente que tem direitos sobre a vítima e mente constantemente para se sentir seguro: “finge tão completamente, que chega a sentir que é dor”… Trai com muita facilidade, mas dificilmente é apanhado, e se por acaso é, nega-o até ao infinito e mais além…

9º – Apresenta comportamentos arrogantes e altivos, com extrema sensibilidade á critica. Tem muita dificuldade em tolerar a frustração alheia, e quando se sente frustrado, pode reagir exageradamente ou fazer “um tratamento de silêncio” durante dias, que pode levar o outro á loucura, ou no mínimo à ansiedade extrema;

10ª – Quando os conhecemos são as melhores pessoas e esforçam-se por conhecer os nossos gostos e envolver-nos num ninho de amor, comummente chamado “love bombing”, que embriaga mais que uma garrafa de Gin ou de Pêra Manca… Mas a ressaca está lá, aparece sempre, nem que seja uns meses depois. Escolhem a sua vitima preferencial com aprumo: têm de ser extremamente empáticas, ou carentes, ou com baixa autoestima e a partir daí, toca a envolver num forte abraço, que mais tarde se torna tão constrictor como o de uma anaconda de 5  metros…

A seguir posso escrever um artigo sobre como não sucumbir ao abraço da morte da anaconda, já que isso é todo um esquema de atenção consciente e plena que requer estratégia estruturada, mas fica já a primeira dica: Longe, quanto mais longe melhor, quanto menos contacto melhor, quanto mais blindagem melhor. Longe da vista, longe do coração.

Artigo por Rute Pereira
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